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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como prepara meu carro pra viagem?

Dezembro é sinônimo de férias pra muita gente. Pros outros, ele é sinônimo do feriado, já que dia 31 é o Réveillon e muitos viajam porque no dia seguinte não tem expediente. E verão é época de carro na estrada e gente indo pro litoral. As saídas, programadas ou não, podem trazer surpresas desagradáveis caso o carro não esteja com a manutenção rotineira em dia.

Então, antes de pegar a estrada, convém verificar alguns itens:

1. nível da água: Cena muito comum em dias quentes, principalmente quando há engarrafamento: carros no acostamento com o capô aberto e uma fumaceira branca saindo de lá. Sinal de que o motor ferveu. Em outras palavras: havia pouca água no sistema de resfriamento do motor, a temperatura subiu e a água entrou em ebulição. Isso pode gerar só um contratempo (fazendo com que você espere até que a temperatura baixe para poder completar o reservatório), mas também pode causar o derretimento das juntas do motor, levando a água a se misturar com óleo e empenando o bloco do motor, obrigando a "fazer" o motor.
Reservatório de expansão (foto de Ricardo Couto)
Essa água é a que fica no reservatório de expansão nos carros novos (nos antigos a água é colocada na parte superior do radiador). O nível da água deve estar entre o mínimo e o máximo marcados no reservatório. Na hora de completar, CUIDADO: NÃO ABRA A TAMPA DO RESERVATÓRIO COM O MOTOR QUENTE. A PRESSÃO EXPELE O VAPOR DE ÁGUA E PODE CAUSAR ATÉ QUEIMADURAS DE 3º GRAU






Posição do TWI
2. desgaste dos pneus: pneus que já rodaram muito acabam perdendo as ranhuras por causa do desgaste. Isso aumenta, e muito, o risco de aquaplanagem (ainda mais comas chuvas de verão tão comuns no Brasil), o que eleva o risco de acidentes. Os pneus devem ter sulcos de pelo menos 1,6mm, menos do que isso indica que é hora de trocar os pneus. A medição pode ser feita com uma régua ou com um similar (existe um cartão que já vem com marcações indicativas), e o desgaste pode ser acompanhado, em alguns pneus, pelo TWI (sigla inglesa para o indicador de desgaste da banda de rodagem). O TWI é uma série de marcas no interior dos sulcos; quando eles ficam à mostra (ou seja, no mesmo nível da banda de rodagem do pneu) é preciso trocar os pneus porque o risco é alto.



3. calibragem dos pneus: a pressão ideal vem descrita no manual do proprietário (que é a Bíblia do dono do carro e deve ser lido com atenção após a compra). Pneus abaixo da pressão ideal geram desgaste irregular dos pneus e maior consumo de combustível (e ninguém quer gastar mais do que o necessário, né?)


4. condição do estepe: mesmo pneus novos não estão a salvo de um rasgo ou furo graças a buracos ou objetos nas estradas, então é melhor verificar se o estepe está em condição de uso, para não ficar na mão no meio da estrada.


5. nível do óleo do motor: O nível do óleo deve ser verificado com a varetinha que já vem no carro. Para checá-lo é preciso esperar de 10 a 15 minutos com o motor parado para verificar o real nível. Caso esteja baixo, é preciso completar. Se ficar abaixo do recomendado, a falta de óleo pode levar a um superaquecimento do motor por causa do atrito, fazendo o motor fundir. O óleo também merece atenção quanto à quilometragem, pois ele precisa ser trocado periodicamente (mas isso é assunto pra outro post).




6. aspecto do fluido de freios: primeiramente: o fluido de freio tem que ser trocado anualmente, porque ele absorve água e perde seu efeito. Quanto à aparência, o fluido é azul, se for notado escurecimento dele, é sinal de que chegou o momento da troca.


Quem ficar com receio pode procurar um mecânico de confiança e pedir para ele checar o carro. E tem, lógico, o principal e mais óbvio: SE FOR DIRIGIR, NÃO BEBA!

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